O bem cultural Cemitério de São Miguel Arcanjo, foi construído no contexto da preocupação com o hábito de sepultar os mortos no interior das igrejas ou nos adros, a partir de avanços médicos e higienistas. Com isso veio a necessidade, inclusive legal, de se edificar um cemitério em um local afastado da ocupação urbana em Ouro Preto. A rejeição da população pela mudança nas tradições cerimonialistas fúnebres fez com que o cemitério perdesse seu caráter de utilidade pública e deixasse de existir como cemitério municipal, perdendo parte de sua área, onde atualmente funciona, na parte frontal, a edificação da Novelis do Brasil Ltda., e na parte posterior, encontra-se a edificação do SENAI. Os primeiros sepultamentos datam de 1894, conforme indicam os atestados de óbito, e convites para enterros encontrados no Arquivo Público de Ouro Preto sob custódia do Poder Público Executivo Municipal no Arquivo Público Mineiro, sediado em Belo Horizonte. O perímetro de tombamento do bem corresponde a área do cemitério delimitada pelo muro atual do mesmo, devido ao valor histórico-arquitetônico presente no seu conjunto, incluindo a capela de São Miguel Arcanjo. A organização espacial do cemitério também foi preservada como representativa da forma cerimonial dos enterros seculares. Devido ao seu entorno bastante alterado em desarmonia com o bem cultural entendeu-se por bem não prolongar a área de tombamento.
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