Prefeito de Ouro Preto participa de audiência pública na Assembleia de Minas em defesa dos servidores da Faop - Fundação de Arte de Ouro Preto

O prefeito de Ouro Preto, Angelo Oswaldo, participou nesta terça-feira (12) da audiência pública da Comissão de Cultura da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) que debateu os baixos salários e as péssimas condições que enfrentam os servidores da Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP). A iniciativa da audiência  partiu dos deputados Leleco Pimentel (PT), Celinho Sinttrocel (PCdoB), e do presidente da Comissão de Cultura, o deputado Professor Cleiton (PV). Professores, servidores e alunos da FAOP relataram a importância da entidade para o país e a representatividade que ela gera  na formação de restauradores para o patrimônio cultural de Minas e do Brasil 

O deputado Leleco Pimentel relatou a dificuldade dos servidores da FAOP, que estão há dez anos sem reajuste de salários, e criticou duramente o Estado diante da representante da Secretaria de Planejamento e Gestão, Helga Beatriz Gonçalves, que apontou, durante a audiência, a Lei de Responsabilidade Fiscal como entrave para resolver a situação. O deputado lembrou que a proposta dos servidores gera um repasse de R$200 mil para compor a defasagem de salários.

O prefeito Angelo Oswaldo, que é ex-secretário de Estado da Cultura e membro do primeiro Conselho da FAOP , apresentou a história e a grandeza da Fundação desde a época de sua criação, pelo ex-governador Israel Pinheiro. Angelo falou sobre a gestão do escritor Murilo Rubião, sobre o talento dos professores de restauração, citou os artistas Jair Inácio e Amilcar de Castro, e apostou na compreensão e na capacidade política do secretário de Estado de Cultura e Turismo , Leônidas Oliveira, para achar um caminho para resgatar FAOP.

O prefeito de Ouro Preto, que é também presidente da Associação das Cidades Históricas de Minas Gerais, manifestou ser contrário à transferência da FAOP, como alguns defendem, para a gestão da Secretaria de Educação. Angelo Oswaldo defende que ela continue ligada à Secretaria de Cultura e ressaltou que o atual Governo minguou a área de Cultura, e com isso, todos perderam. Angelo mostrou-se solidário na luta pela dignidade dos servidores da FAOP.

A audiência, que durou mais de três horas garantiu o encaminhamento do pedido de melhorias nas condições de trabalho dos servidores e dos professors de arte e restauração  da FAOP.“Vamos  trabalhar com um projeto de lei para que o governo  tenha a iniciativa de corrigir, de reparar e de fazer justiça junto a esses servidores”, assegurou o  deputado Leleco Pimentel.

 

Revisão: Victor Stutz