Sistema Único de Assistência Social permite o cuidado temporário de crianças e adolescentes em lares de famílias acolhedoras.


A iniciativa acolhe crianças e adolescentes em lares de famílias acolhedoras até a justiça definir a guarda.

Notícia publicada em 12/09/2023
por Vanência Magela


O Serviço de Acolhimento em Família Acolhedora (SFA) é uma forma de cuidado que tem como principal objetivo garantir a proteção completa de crianças e adolescentes que, por razões de proteção, necessitam ser temporariamente afastados de suas famílias biológicas. O programa está previsto pela Constituição Federal e pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, o ECA (Art. 227 e Art. 34).

Em Ouro Preto, o serviço foi instituído no ano de 2018 e regulamentado em setembro de 2019. No acolhimento familiar, em vez de serem encaminhadas para uma instituição de assistência, as crianças são acolhidas em lares voluntários. Atualmente, há cinco famílias cadastradas no programa. Dessas, duas estão acolhendo crianças em suas casas e outras três crianças também já foram atendidas pelo programa.

O acolhimento familiar não se limita a atender às necessidades essenciais das crianças, ele proporciona experiências comunitárias e essas atividades, apesar de simples, têm um impacto significativo na vida de muitos acolhidos. Para se tornarem parte do processo de acolhimento, as famílias passam por um processo contínuo de capacitação, recebendo acompanhamento de uma equipe técnica composta por profissionais da assistência social e psicologia.

A Coordenadora da Família Acolhedora em Ouro Preto, Anne Karoline, comenta sobre a importância do programa no município e, principalmente, sobre as experiências e vivências das crianças assistidas: “Cada experiência é única, através dessas ações a gente está formando pessoas que vão saber conviver em sociedade, saber lidar com várias questões que em uma instituição de acolhimento a criança não teria a possibilidade.”

No programa de acolhimento familiar, que difere da adoção, o processo de transição também é considerado desde o início. É muito comum que as famílias acolhedoras sintam inquietação, pois chega um tempo em que a criança vai ser entregue aos pais indicados pela justiça ou vai retornar para sua família biológica. Lidar com a despedida é um desafio comum do ser humano. De acordo com Anne, é necessário entender o suporte psicossocial  que o programa oferece aos assistidos e não focar no processo final, quando o menor precisar ir para o seu novo lar: “Para a criança, a adaptação também é um processo delicado,  mas temos que considerar o lado positivo que o acolhimento oferece, um suporte psicológico, afetivo e social para a criança ou o adolescente”.

Como se tornar uma família acolhedora?

Sua família tem o potencial de fazer uma diferença significativa na vida de crianças e adolescentes. Às vezes, tudo que a criança precisa para superar um momento difícil é ser temporariamente acolhida por outra família amorosa. Essa é a essência do serviço de Família Acolhedora, que busca transformar os desafios do presente em oportunidades para um futuro melhor. Todas as composições familiares podem participar, inclusive pessoas solteiras, sendo necessário preencher alguns pré-requisitos, como ter disponibilidade de tempo e capacidade de oferecer afeto, possuir idade entre 21 e 65 anos, ser financeiramente estável, não ter antecedentes criminais e residir no município a pelo menos dois anos.

Para obter mais informações sobre o programa Família Acolhedora em Ouro Preto, o serviço funciona na Rua Conselheiro Santana, 129, Pilar. As inscrições são contínuas e o telefone para contato é (31) 98959-1452 ou pelo e-mail familiaacolhedora@ouropreto.mg.gov.br.

Quer aprofundar no assunto? Acesse o site oficial do SFA www. familiaacolhedora.org.br

 

 

Texto: Pedro Ludwig / Revisão: Victor Stutz

 

 

 

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