Notícia publicada em 18/01/2022
por Nízea Coelho
Túlio Dutra
A Secretaria de Meio Ambiente se reuniu na tarde de sexta, 14, com membros do GRAD (Grupo de Resgate de Animais em Desastres), da AOPA (Associação Ouropretana de Proteção Animal) e do IDDA (Instituto de Defesa dos Direitos dos Animais) e protetores independentes. Neste encontro foram discutidas ações para o resgate e cuidados dos animais que, assim como os seres humanos, foram impactados pelas fortes chuvas dos últimos dias. Para completar esse planejamento, a reunião contou com a presença da Vigilância Ambiental e da Assistência Social para tratar questões de saúde e assistencial respectivamente.
Em decorrência das tragédias que acometeram alguns bairros do município, algumas famílias precisaram abandonar suas casas às pressas por causa do risco geológico, indo para abrigos ou casas de familiares, locais que muitas vezes não possuem estrutura para receber os animais, acarretando assim, mesmo que sem intenção, um abandono desses bichos, sendo eles domésticos ou não.
Enderson Barreto, coordenador de logística do GRAD, fez um panorama da reunião. “Recebemos um pedido de apoio por parte das ONGs locais para que se monte um planejamento para evacuação dos animais que se encontram nas áreas de maior risco geológico”.
O responsável pelo CATA, Centro de Adoção Transitória de Ouro Preto, Dhiordan Lovestain, explicou como vai funcionar esse acolhimento pelo ponto de vista da saúde. “Estamos fazendo o máximo possível para abrigar esses animais em situação de vulnerabilidade. Para isso, teríamos que fazer exames para uma triagem dos animais, a fim de descobrir se estão doentes, caso estejam, seriam separados para receber tratamento adequado, já que temos casos de doenças diferentes em nossa região”.
Francisco de Assis, secretário de Meio Ambiente, falou sobre a importância dessas ações. “Fizemos essa reunião para traçarmos estratégias para acolhimento e cuidado desses animais que estão nas áreas de risco, envolvendo não somente cachorros e gatos, mas também galinhas, patos, marrecos e por ai vai. São seres vivos que merecem proteção e cuidado. Esse encontro é um traçado de pensamento e organização, para que possamos dar encaminhamento a esses pleitos”.
A presidente da IDDA, Luciana Sales, falou em nome das ONGs e descreveu as medidas que serão tomadas após essa reunião. “Dentro do nosso plano, a primeira ação é o mapeamento das residências através do cadastro que foi realizado pela assistência social, depois realizaremos cadastro no formulário que nós montamos, com os dados das famílias e dos animais, e com isso teremos uma percepção ampliada de todos os pets que precisam desse auxilio de emergência. Sabemos que são muitas famílias, portanto são vários animais, por isso nossa ideia é resgatar e fazer também a manutenção dos animais que ficaram nessas áreas, sem acesso a alimentação, medicação e cuidados e posteriormente dar um destino seguro e tranquilo. Tendo os mesmos direitos e oportunidades que os seres humanos”.
Luiz França, diretor de Assistência Social, também falou sobre esse aspecto. “Nossa conversa nesse encontro é que precisamos proteger os animais assim como protegemos as pessoas, assim como temos seres humanos em áreas de risco também temos animais, agora o trabalho é contabilizar e ajudar essas famílias a retirarem seus animais”.