Notícia publicada em 03/09/2019
por Gilson Martins
Texto: Túlio Gariglio
A Jornada do Patrimônio Cultural de Minas Gerais foi criada em 2009 e tem o foco na promoção e divulgação do patrimônio cultural do estado, promovendo a participação dos municípios mineiros através de projetos que busquem valorizar sua cultura local. O programa é promovido pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA).
O tema da Jornada este ano é Patrimônio e Culinária, e duas ações da Prefeitura Municipal de Ouro Preto que foram inscritas e devidamente aprovadas ocorreram em agosto. A primeira ação foi a exposição “Doces e tradições, o imaterial em São Bartolomeu”, que ocorreu no último final de semana, durante a festa do Divino Espírito Santo no Distrito. O objetivo da exposição foi chamar a atenção para a tradicional produção de doces do distrito de São Bartolomeu, que foi o primeiro bem cultural registrado como Patrimônio Imaterial no município de Ouro Preto, em 2008.
A segunda ação foi o programa “Ouro Preto, o meu lugar”, que se trata de um programa interinstitucional desenvolvido em Ouro Preto e seus distritos, com foco em seus patrimônios culturais materiais e imateriais, envolvendo professores, alunos e comunidade em contexto intra e extraescolar. O programa vem sendo aplicado desde 2018 em três escolas: Escola Municipal Professora Haydee Antunes, em Cachoeira do Campo, a Escola Municipal Monsenhor João Castilho Barbosa, em Ouro Preto, e a Escola Municipal Doutor Pedrosa, em Santo Antônio do Leite.
Este ano, a atividade intitulada “Mais que doce. O imaterial em São Bartolomeu” é uma exposição para os alunos sobre o patrimônio imaterial e material de Ouro preto, abrangendo o que é cultura, os bens registrados do município e com foco na produção de doces de São Bartolomeu. A exposição ocorreu no dia 27 de agosto em Cachoeira do Campo, no dia 28 de agosto em Ouro Preto e no dia 30 de agosto em Santo Antônio do Leite.
Pedro Augusto Rodrigues é assessor da Secretaria Municipal de Cultura e Patrimônio de Ouro Preto e palestrante sobre patrimônio imaterial no programa “Ouro Preto, o meu lugar”. Trabalhando há quase três anos diretamente com os bens registrados no departamento de Patrimônio Imaterial, ele destaca a importância do programa: “Pra mim, fazer essas palestras traz uma satisfação enorme, pois a gente está falando do cotidiano dos alunos, das manifestações culturais que eles e suas famílias participam, alguns até há gerações e isso a gente vê que desperta o interesse dos alunos, faz com que eles interajam durante a palestra, perguntem ou até questionem informações, algo que eu acredito que é crucial para despertar um senso crítico , principalmente nas turmas mais novas”.
O secretário municipal de cultura e patrimônio, Zaqueu Astoni Moreira, também manifestou sua satisfação com o projeto: “Registro o agradecimento do município ao empenho dos servidores na execução do programa de educação patrimonial de Ouro Preto, programa esse de grande importância para a formação educacional dos nossos jovens. Destaco também que o referido programa se tornou referência na região dos Inconfidentes, graças ao excelente resultado alcançado”.
Implementado pela Prefeitura de Ouro Preto, por meio das Secretarias Municipais de Educação, de Cultura e Patrimônio, de Turismo, Indústria e Comércio, e da Pró-reitoria de extensão da UFOP, o programa conta também com a parceria de museus e da Universidade Federal de Ouro Preto, UFOP, trabalhando com professores e alunos para desenvolver suas atividades.