Bandeira de Ouro Preto
A antiga Vila Rica adotou o nome Ouro Preto em 1823, quando recebeu o título de Imperial Cidade, conferido por Dom Pedro I. Sua Bandeira é uma representação da forma como o ouro era encontrado na época dos bandeirantes: envolto por uma camada escura de óxido de ferro. O estandarte é divido em duas partes: um lado preto, representando o óxido de ferro que cobria as pepitas, e outro amarelo-ouro, representando as riquezas e o ouro em abundância encontrados na região. O triângulo verde, colocado no centro, une as duas partes. A cor representa a esperança em dias melhores, as matas e florestas. Ao redor do triângulo, havia antes a expressão “Proetiosum Tamen Nigrum” (Precioso, Embora Negro), que por anos foi fortemente criticada pelo seu caráter preconceituoso e pejorativo em relação aos negros. Em 2001, houve uma tentativa de mudar a inscrição da bandeira para "proestiosum et nigrum" (Precioso e Negro), mas o projeto foi retirado de pauta após a Câmara concluir que isso não alteraria a carga negativa do texto. A Lei foi alterada somente em novembro de 2005, quando, durante uma solenidade no dia da Consciência Negra, a frase foi oficialmente substituída por “Proetiosum aurum nigrum” (Precioso Ouro Negro) e a antiga bandeira foi queimada.
Hino à Ouro Preto
Letra: Carlos Veloso
Música: Augusto Correa Magalhães
Em cada aresta de pedra
Uma epopéia ressoa
Na terra formosa e boa
Onde a guilheta não medra.
Coro:
A terra, que um cento de anos
Três vezes viu passar
Possui, dos ouro-pretanos,
Em cada peito um altar (bis)
A névoa que cobre a rocha
Do mais brando e puro véu,
Quando a manhã desabrocha,
É um beijo que vem do céu.
Os fatos de Vila Rica
Lembram raças titãs,
Cuja memória nos fica
Para os mais nobres afãs.
Guarda o seio das montanhas
Os áureos filões mais ricos.
Contempla os altos picos
Das laceradas entranhas.
Protege, Deus, estes lares
Dos filhos dos bandeirantes
Por estas serras gigantes
São outros tantos altares.